sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Serra do Mar - Caminho dos Mananciais

Caminho Trentino dos Mananciais em Piraquara, Paraná - novembro de 2006.


Em nossa Serrinha (sempre ela), mais precisamente um pouco antes do pedágio, na pista de quem retorna das praias, existe um caminho que nos leva a região dos mananciais da Serra do Mar, local onde se captava água que abasteciam os municípios de Piraquara e São José dos Pinhais. Hoje, porém, os mananciais estão relativamente desativados, servindo apenas para desaguar suas águas na barragem próxima.



Eu já havia feito esta trip de bike antes e naquela ocasião fomos Eu (Wanderley), Carlos(Peixão) e o Emerson (Bizoto) porém, eu não estava preparado para os quase 70 km. em que percorremos. Tinha comigo apenas uns doces de amendoim e a trip se tornou um verdadeiro perrengue.









Então, desta vez com um pouco mais de planejamento, decidimos Eu e o Rodrigo fazermos a Trip. Saímos de casa cedo e nos dirigimos ao pedágio onde entramos na estradinha que nos leva aos mananciais. Na verdade a entrada é proibida (outra vez os portões estavam abertos), mas como não queríamos perder a viajem demos um jeito.



Este caminho fica no pé da serra, porém, como o tempo estava completamente nublado não deu para ver a cadeia de montanha que cercam os mananciais (e de onde desce sua água), fazendo-nos perder uma visão espetacular.





Já no início do caminho fica o Reservatório do Carvalho, com seus 800m3 de água, e atrás dele o Carvalhinho, ou seja, uma represa que antecedia o grande Reservatório do Carvalho.







Como o local é pouco freqüentado (graças a Deus) o pessoal da UFPR (ou seriam do IAP?) costumam deixar no caminho experimentos para capturar mosquitos ou outras espécies de animais.







Mais adiante passamos por várias “represinhas” que captam água até a estrada começar a afunilar e ficar mais fechada, pois bem, aí que vem a parte mais legal do trajeto. Começamos a pedalar em uma graminha e o caminho em que se viam duas marcas de pneus se transformou em uma. Sobe, desce, passa por quedinhas de água e chega-se a um lugar que não tem mais como ir adiante de bike. Soltamos as bikes e decidimos ir a pé, seguindo um tubo de metal que dava na última represinha de água, num rio chamado Ypiranguinha. Pensei em subir o Rio, porém o tempo seria escasso para tal empreitada. Talvez Futuramente.



O lugar é realmente lindo, na volta Eu e o Rodrigo até cogitamos de não voltarmos mais, até para não degradar ainda mais o meio-ambiente local. Talvez...
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Texto: Wanderley (Badu)
Fotos: Rodrigo (algumas de Wanderley "Badu")

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Pico Ciririca

Pico Ciririca - Setembro de 2007.

“Um mergulho na própria alma da serra do mar e nas suas paisagens mais belas”.
É com esta frase que eu gostaria de iniciar este pequeno texto sobre nossa trip no Pico Ciririca, na Serra do Ibitiraquire, trip esta que coloco como uma das melhores investidas que fiz na nossa Serrinha.



Fomos Eu (Badu), Emerson (Bizoto) e o Fernando (Zecão), o Rodrigo (com um pouco de razão) não quis ir. Saímos por volta das 05:30 da manhã e nos dirigimos ao Contorno Leste (BR 116), quando passamos o Posto Túlio (Esso, sentido “Estrada da Graciosa") na primeira entrada (a direita) pegamos a estrada de terra que nos levou a chácara onde está o início da Trilha. Esta chácara é muito legal, pois lá tem vários bichos de várias espécies que andam e se alimentam todos juntos na maior paz.

Chegando lá comemos umas frutas e fizemos os preparativos para começar a caminhada. Mochila cargueira nas costas (o Zecão levava pelo menos uns 15 kg. e eu um pouco menos), começamos a caminhar por volta das 06:45. O caminho é alucinante de bonito, alguns minutos de caminhada e já deu para notar algumas árvores de grande porte, que nos fez filosofarmos por um tempo sobre sua idade. Os cipós se entrelaçam fazendo perfeitas cordas e os “laguinhos” e clareiras dão um ar de “estradinha encantada” a esta trilha.





Em 1:30 minutos (exatos) de caminhada passamos pela bifurcação; se pegássemos a esquerda e subíssemos, passaríamos no Camapuã, Tucum e desceríamos antes do Serro Verde para finalmente chegarmos ao Ciririca. Esta é a chamada trilha “por Cima”. Até começamos a subir, mas foi lembrar de que esta trilha não possui muitos rios, (fomos alertados por um Piá que andava na estrada e nos falou que passou sede no Camapuã) decidimos ir pela trilha “por baixo” como é chamada, pois as mochilas estavam muito pesadas e levar mais quatro L. de água cada um seria arriscado não chegarmos ainda de dia.

A trilha que nos leva ao Ciririca (por baixo) atravessa e contorna alguns morros (dois maiores e outros menores). Para se ter uma idéia, saímos na chácara a uns 1025 m. de altitude, subimos uns 1330 m. e depois descemos a quase chegar a mil e pouco novamente. Na conjunção destes morros é que encontramos vários rios que são belos e abundantes até o pé do Ciririca.





Passando a bifurcação descemos um declive até cruzarmos o mesmo rio algumas vezes, onde começamos a subir o primeiro morro em direção ao Ciririca. Em cima deste morro pudemos avistar as placas, que estavam de lado para nós e isto ao mesmo tempo em que nos motivou também nos deu a idéia da pedreira que iríamos enfrentar.





Depois de cruzarmos a primeira montanha demos de cara com um rio que tem umas cavernas à frente de duas cachoeirinhas, este local tem um visual animal. Andando a diante começamos a subir o segundo dos maiores morros e passamos por vários rios onde paramos em um para almoçar.

Após descermos este segundo morro (mais íngreme que o primeiro) saímos em uma grande (e belíssima) cachoeira, chamada “Cachoeira do Professor” que o Bizoto não se conteve em se banhar nela. Após o banho de cachoeira contornamos mais alguns morros até chegarmos ao rio “última chance”, que, como diz o nome, é a última chance de água. Nos abastecemos bem e começamos a subir em direção ao Ciririca. Nesta parte do trajeto a inclinação vai ficando maior e começam a surgir os campos de altitude com as espécies que são desta região, como os Caratuvas, Bromélias gigantes e umas flores amarelas bem legais.





A subida pro Ciririca é basicamente tranqüila, só em uma parte tem um paredão de rochas a vista que é bem inclinado e com o peso das mochilas desencadeia uma adrenalina legal (muito parecido com o paredão do Marumbi, sem as correntes e quando não tinha as escadinhas), mas com bastante cuidado e atenção é tranqüilamente superado. Quando chegamos ao cume, já tínhamos andado aproximadamente 10:00 horas e estávamos muito cansados mesmo, porém, ficamos muito felizes de avistar as placas que ficam mais à direita do cume a mais ou menos uns 50 m., pois já tinham se passado sete horas que tínhamos visto elas pela última vez.



O Zênite do Ciririca é pequeno, não mais que uns 20m2, mas o visual é sensacional; O Pico Paraná todo majestoso em nossa frente e o Caratuva atrás dele, ao lado esquerdo o Camapuã e o Tucum, a Sudoeste a Serra da Farinha Seca e o Pico Marumbi longínquo ao fundo.







As placas são um espetáculo à parte no Ciririca. Surreal aqueles monólitos de metal em cima de uma montanha, digno de uma capa de disco do Pink Floyd. Não tem como não ficar a olhar as placas e ao visual ao redor. Uma visão realmente de tirar o fôlego com direito a chão de nuvens e céu de brigadeiro, totalmente aberto tanto de dia quanto à noite, que inclusive as estrelas e os meteoritos davam um show.










Tiramos um descanso de umas 6 horas e acordamos às 1:00 horas da manhã para bebericar um Wiski e conversar sobre a trip. Cozinhamos legal e as 4:00 da manhã voltamos a dormir.

No outro dia acordamos as 08:15 (meio de ressacão), fomos para o cume curtir um pouco o visual e começamos a descer às 10:00 da manhã e chegando a chácara às 16:50. Andamos mais rápido na volta, pois ficamos receosos de pegar a parte final da trilha à noite, sendo que o início da trilha (parte final para quem está voltando) é a parte mais fácil de se confundir e acabar se perdendo.Também deu para tomar um bom banho de cachoeira e a caminhada não foi tão pesada quanto ao dia anterior, pois já havíamos consumido quase todos os alimentos e carregávamos pouca água.

Somando os dois dias acho que a trip foi meio pesada , andar 10:00 horas com uma mochila com quase 15 kg. foi meio puxadinho, porém, todas as metas foram cumpridas e ainda: à beleza do lugar, o banho de cachoeira que tomei na volta e o visual lá de cima, compensaram qualquer cansaço ou desânimo na caminhada.


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Texto: Wanderley (Badu)
Fotos: Fernando (Zecão), (Algumas de Emerson "Bizoto" e Wanderley "Badu")

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Serra da Farinha Seca - Pico Mãe Catira e Pico do Sete

Mãe Catira I - maio de 2007 (via bike).


Há tempos eu já vinha pensando em uma trip que juntasse bike e montanhismo, pois nos últimos anos é só o que eu e a galera estávamos fazendo. Após fazer umas caminhadas no Caminho Colonial da Serra da Graciosa e do Itupava, com um pessoal que conheci no Orkut, observei uma montanha que seria compatível com pedalada e Trekking. Esta montanha se chama Mãe Catira e está localizada na Serra da Farinha Seca, Estrada da Graciosa, mais precisamente no final da estrada velha (ou estrada do Alemão), onde ela se junta com o trecho novo (asfaltado).


Não precisamos de muito planejamento para ir, Eu o Bizoto e o Rodrigo já havíamos combinado no final de semana anterior e a trip foi confirmada na tradicional pedalada de quarta à noite.
No sábado dia 26/05, saímos exatamente as 06:30. Frio de rachar com direito a geada cobrindo o gramado, nos dirigimos a BR 277 (km 82) sentido praias até o viaduto da Renaut (km 69), entramos no contorno Leste sentido SP (no km. 91) e neste trecho a temperatura deu uma despencada, pois estava entre -1 ou zero gr. Cº, porém a sensação térmica era de –10. O lado positivo foi o visual, pois a geada que cobria a vegetação dava uma bela visão dos campos cobertos com uma fina camada de gelo. Ainda, o tempo estava muito fechado por uma pesada serração que nos acompanhou até a entrada da Graciosa.
O contorno Leste é um caminho problemático para bikes, não pelas suas subidas (que são boas para a prática), mas pela quantidade de detritos de pneus estourados de caminhão. Estes detritos são pequenos fios de ferro que se tornam fatais para os pneus das bikes. Tirando este detalhe, que na minha opinião é péssimo para pedalar, o acostamento da estrada está muito bom, e a quantidade de carros e caminhões é bem inferior a da BR 277.


Após pararmos para lanchar e remendar um pneu que havia furado, pedalamos uns 20 minutos e depois do posto avistamos a entrada da Estrada da Graciosa (+ ou - km 61). Ali paramos para tirar um pouco das blusas (pois já fazia sol) e tirar umas fotos. Entramos na estrada e seguimos ao nosso destino que fica ao final da estrada velha na junção da nova. Ao avistar a entrada fomos em direção à chácara que é usada como base pelas pessoas que querem subir o Mãe Catira ou o Sete. Nesta chácara estão ruínas de uma casa antiga, cercadas de lendas, que fora construído ao final da 2a. Guerra Mundial por alemães foragidos. Esta é a única história que sei sobre estas ruínas.
Também na chácara, encontramos o caseiro o qual o nome eu esqueci, mas lembro bem de seu apelido: “Espalha-Brasa”. Gente Boníssima e de uma boa prosa, conversamos um pouco sobre o cume, sua altura, se vai gente dia de semana e etc. Deixamos as bikes acorrentadas atrás de sua casa e nos dirigimos ao inicio da trilha.
A trilha para o Mãe Catira inicia-se a uns 50 mt à direita da chácara-base, andando em direção a um rio (não o vi, mas o ouvi), um pouco antes de chegar a este rio observa-se o inicio da trilha, que não é tão bem visível e na verdade parece até uma pequena trilha de tatu adentrando ao mato.
A subida do Mãe Catira não é difícil, assemelha-se em parte com o início da trilha frontal do Marumbi, em parte com a parte das raízes do Pico Paraná, mas não tem um alto grau de dificuldade.

A trilha é mais bela e mais selvagem que os demais caminhos que conheço (com exceção do Ciririca), tendo árvores de grande porte ao lado da trilha, inclusive uma que nos chamou a atenção por parecer uma mulher de pernas abertas.

Até a metade do caminho cruzamos com três córregos, sendo o último cercado de bambus(o que parece ter bastante pela região) e com água bem limpa. Após subirmos 2/3 do caminho, passa-se por um “mini jardim” de bromélias gigante (uma espécie de bromélia que atinge cerca de um metro), que se não tomar devido cuidado ela pode cortar fundo sua pele causando dor e sangramento.
Já ao final do caminho estávamos bem cansados, pois havíamos pedalado 50 km e estávamos subindo há cerca de duas horas. Nestas horas o topo parecia que nunca chegava, e a certa altura tivemos que pegar um atalho no meio do mato para subir em um outro morro que nos dava uma visão mais ampliada do conjunto. A fase final é a melhor parte do trajeto, apesar de a trilha estar se fechando e o mato estar encobrindo o caminho, começam a parecer às janelas e os outros cumes que fazem parte do conjunto, dando-nos uma boa visão em sentido norte e oeste. Porém, nesta parte final, em várias ocasiões tivemos que colocar os braços em frente do rosto para não sermos “chicoteados” pelos galhos. O Rodrigo, que estava de camiseta de manga curta, reclamou muito dos “riscões” nos braços e há certa hora vi que havia riscos de sangue em seu braço, o que ele nem ligou.

Chegamos ao Topo após 2 horas e quarenta minutos de caminhada (bastante para um pico de nível fácil/meio). O topo do Mãe Catira é “meio estranho” para quem está acostumado com os do Pico Paraná, Ciririca ou Marumbi. Pois nestas montanhas o topo é completamente nu, no sentido em que não há árvores de pequeno e médio porte, apenas uma vegetação rasteira e mui resistente. Porém, o topo do Mãe Catira é completamente coberto por uma vegetação de pequeno e médio porte, com árvores de até 2 metros de altura e o que sobra é um cantinho mais ao lado para os montanhistas curtirem o visual logo depois da entrada para o Pico do Sete.



Após esta parada no topo para tirarmos algumas fotos, descemos mais um pouco até uma clareira em que havíamos avistado na subida, onde seria possível fazermos um lanche tranqüilo. Nesta clareira tivemos uma nova surpresa; o Rodrigo não havia trazido nenhum lanche ou comida, então tivemos que dividir tudo o que tínhamos, o que, no momento, foi suficiente a todos e não nos deixou com fome. Lanchamos, filmamos, fotografamos, fumamos, conversamos e demos risada da empreitada, sabendo que a volta não seria nada fácil.



Após o descanso, começamos a descer do cume, só que nesta parte a coisa fica meio confusa. O pico Mãe Catira está se fechando, muito poucos montanhistas vão por aquelas bandas. No caminho vimos muitas pegadas recentes, porém não sabíamos se eram de palmiteiros ou mantanhistas. Por ele ser de pouca visita, as trilhas aos poucos estão sendo tomadas pelo mato lateral, tornando um pouco confusa a descida, pois havia várias bifurcações que não levavam a lugar algum, outras nos levavam até o despenhadeiro à frente onde estávamos. Logo notamos que as pessoas que sobem o Mãe Catira se batem na volta, abrindo outras “pseudotrilhas” que só servem para confundir as pessoas que a seguem, pois a uma certa hora, parecíamos que estávamos andando em círculos, o que é comum quando as pessoas se perdem na mata.
Superado este obstáculo, começamos a descer em um bom ritmo, e em uma hora e quarenta minutos e alguns tombos chegamos à base. Ao chegar, notei que estávamos bem cansados e propus que ficássemos umas ½ hora para dar uma boa descansada. Porém, ao pegar as bikes, o Bizoto notou que meu pneu traseiro estava furado e então novamente começamos a agilizar a troca, porém, como da outra vez, não tínhamos as chaves necessárias que só conseguimos com a ajuda do Espalha-Brasa.

Na volta resolvemos ir pela estrada velha. Nosso ritmo é bom, creio que 20 km/h na estrada de asfalto e entre 10 a 15 km/h em trilhas de chão, porém esta estrada parecia que não tinha fim. A medida em que ia escurecendo pedalávamos mais rápido; subida, descida, trechos de pedra solta, mas o pior é que nunca chegávamos a tal encruzilhada que nos levaria a Quatro-Barras. Ao final estávamos a todo gás e pedalando em pleno escuro, somente sendo auxiliado pelo brilho da Lua crescente. Às vezes víamos uma pequena luz de poste que nos deixava animada, porém a animação durava pouco, pois quando se passavam alguns postes voltava-se ao crepúsculo anterior.
A pira durou uns 22 Km e umas duas horas até chegarmos ao contorno leste (BR 116), faltando apenas 16 km para chegarmos a BR 277 onde pedalaríamos mais 13 km para chegarmos em casa. Este trecho me pareceu até pior que o anterior, pois o cansaço, o frio e o pouco alimento que ingerimos no dia já nos havia esgotado todas as forças. A minha refeição naquele dia tinha sido apenas dois sanduíches, uma coca, um terço de uma banana e o mesmo de uma barra de cereal. Quando entramos na BR 277 o Rodrigo já estava vendo miragem de postos de gasolina: “É um posto”, “eu vi a luz, é um posto...” “não Rodrigo é o IAP”. “Agora é um posto não? Vejam as luzes...” “não Rodrigo, é uma escola...”.
Pois bem, a trip não foi tão foda assim, não foi violenta, mas sim puxada, pesada e exigia um bom preparo físico. A mistura de bike com montanhismo é uma das melhores coisas que já fiz e com certeza pretendo fazer novamente, porém, se for montanhas de porte (Paraná ou Marumbi) eu aconselho que se leve barraca para se ter uma boa noite de descanso. Também aprendemos algumas coisas como nunca esquecer a comida em casa (né Rodrigo), ou não deixar de levar ferramentas para todas as bikes, pois sempre levávamos e nunca dava nada, e é só não levar uma vez para que imprevistos aconteçam.

Mãe Catira II - julho de 2007.



Novamente retornamos ao Mãe Catira no dia 30/06/2007. Só que desta vez, estava Eu, Bizoto e o Zecão, pois o Rodrigo, nesta mesma data, estava em viagem a Minas Gerais.
Porém, o cansaço da Trip anterior (pois fomos de Bike) fora compensado com uma viagem, digamos, bem “light”. Saímos de Curitiba as 11:00 horas da manhã (o dia anterior tinha sido uma festa) e fomos de carro direto para a chácara. Chegando lá, o caseiro “Espalha-Brasa” não nos reconheceu e até ficou cabreiro com a gente. Resolvemos tudo e começamos a subir exatamente as 12:10, chegando as 14:00 no Pico Mãe Catira, e infelizmente, devido ao horário que chegamos e de não termos levado lanternas, não conseguimos novamente ir ao Pico do Sete. No mais começamos a descer as 15:00 e chegamos as 16:40, pois a descida fora tranqüila e rápida. Quando voltamos a base ainda deu para tirar umas fotos dos beija-flores que estavam dando um show na casa do “Espalha-Brasa”.

A verdade é que essa Trip era para ser feita bem cedo para que pudéssemos ter ido ao Pico do Sete e dar mais algumas voltas por lá, porém, devido ao consumo mediano de álcool no dia anterior e de termos acordado tarde, (fora à preguiça da galera), só foi possível um passeio normal pelo pico Mãe Catira, sem ter tido nada de novo ou adrenalínico. Típico passeio de escoteiro.


Pico do Sete - julho de 2007.

Desta vez fomos Eu, Bizoto, Zecão e o Rodrigo. Saímos sedo de casa, aproximadamente às 06:30 e chegamos por volta das 08:00 na base do Mãe Catira. O “Espalha-Brasa” não estava lá e subimos sem poder conversar com o mesmo. Até o Pico Mãe Catira foi normal, como nas outras trips. Quando começamos a fazer a Trilha do Sete deu para sentir a diferença das trilhas.
Coisas da natureza mesmo, muito interessante; a trilha para o Pico Mãe Catira está voltada (não totalmente) para a face leste da serra, ou seja, para Curitiba, por outro lado a trilha do Sete fica para o lado oposto, ou seja, do mar. Por este motivo as nuvens que vêm do mar batem de frente na montanha fazendo com que a trilha seja mais úmida. Quando saímos da trilha do Mãe Catira estávamos mais ou menos secos, porém, foi só andar por meia hora pela trilha do Sete e já estávamos encharcados.

Esta trilha parece ser mais bonita. Ela está coberta de musgos (devido à umidade) e a neblina cobre constantemente parte da montanha.

Basicamente ela começa com um descidão e depois se torna regular com algumas subidas e descidas, parece ser até mais aberta que algumas partes da trilha do Mãe Catira.

O Cume do Sete também é um local interessante. São rochas cortadas por pequenas (mas perigosas) fendas e com uma caixa de cume e caderno.

Quanto ao visual, vou ficar devendo, pois no dia que fomos estava completamente coberto de nuvens e fazia uma pesada garoa, que em alguns minutos nos deixou novamente encharcados.
A Trip foi tranqüila, só na volta é que foi meio desconfortante, pois estávamos molhados e pela experiência que tenho não me lembro de ter sido prazeroso caminhar molhado. Até tinha levado minha capa de chuva, mas quando vi que já não tinha mais jeito deixei quieto.


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Texto: Wanderley (Badu)
Fotos: Rodrigo e Fernando (Zecão)