Pico Ciririca - Setembro de 2007.
“Um mergulho na própria alma da serra do mar e nas suas paisagens mais belas”.
É com esta frase que eu gostaria de iniciar este pequeno texto sobre nossa trip no Pico Ciririca, na Serra do Ibitiraquire, trip esta que coloco como uma das melhores investidas que fiz na nossa Serrinha.
Fomos Eu (Badu), Emerson (Bizoto) e o Fernando (Zecão), o Rodrigo (com um pouco de razão) não quis ir. Saímos por volta das 05:30 da manhã e nos dirigimos ao Contorno Leste (BR 116), quando passamos o Posto Túlio (Esso, sentido “Estrada da Graciosa") na primeira entrada (a direita) pegamos a estrada de terra que nos levou a chácara onde está o início da Trilha. Esta chácara é muito legal, pois lá tem vários bichos de várias espécies que andam e se alimentam todos juntos na maior paz.
Chegando lá comemos umas frutas e fizemos os preparativos para começar a caminhada. Mochila cargueira nas costas (o Zecão levava pelo menos uns 15 kg. e eu um pouco menos), começamos a caminhar por volta das 06:45. O caminho é alucinante de bonito, alguns minutos de caminhada e já deu para notar algumas árvores de grande porte, que nos fez filosofarmos por um tempo sobre sua idade. Os cipós se entrelaçam fazendo perfeitas cordas e os “laguinhos” e clareiras dão um ar de “estradinha encantada” a esta trilha.
Em 1:30 minutos (exatos) de caminhada passamos pela bifurcação; se pegássemos a esquerda e subíssemos, passaríamos no Camapuã, Tucum e desceríamos antes do Serro Verde para finalmente chegarmos ao Ciririca. Esta é a chamada trilha “por Cima”. Até começamos a subir, mas foi lembrar de que esta trilha não possui muitos rios, (fomos alertados por um Piá que andava na estrada e nos falou que passou sede no Camapuã) decidimos ir pela trilha “por baixo” como é chamada, pois as mochilas estavam muito pesadas e levar mais quatro L. de água cada um seria arriscado não chegarmos ainda de dia.
A trilha que nos leva ao Ciririca (por baixo) atravessa e contorna alguns morros (dois maiores e outros menores). Para se ter uma idéia, saímos na chácara a uns 1025 m. de altitude, subimos uns 1330 m. e depois descemos a quase chegar a mil e pouco novamente. Na conjunção destes morros é que encontramos vários rios que são belos e abundantes até o pé do Ciririca.
Passando a bifurcação descemos um declive até cruzarmos o mesmo rio algumas vezes, onde começamos a subir o primeiro morro em direção ao Ciririca. Em cima deste morro pudemos avistar as placas, que estavam de lado para nós e isto ao mesmo tempo em que nos motivou também nos deu a idéia da pedreira que iríamos enfrentar.
Depois de cruzarmos a primeira montanha demos de cara com um rio que tem umas cavernas à frente de duas cachoeirinhas, este local tem um visual animal. Andando a diante começamos a subir o segundo dos maiores morros e passamos por vários rios onde paramos em um para almoçar.
Após descermos este segundo morro (mais íngreme que o primeiro) saímos em uma grande (e belíssima) cachoeira, chamada “Cachoeira do Professor” que o Bizoto não se conteve em se banhar nela. Após o banho de cachoeira contornamos mais alguns morros até chegarmos ao rio “última chance”, que, como diz o nome, é a última chance de água. Nos abastecemos bem e começamos a subir em direção ao Ciririca. Nesta parte do trajeto a inclinação vai ficando maior e começam a surgir os campos de altitude com as espécies que são desta região, como os Caratuvas, Bromélias gigantes e umas flores amarelas bem legais.
A subida pro Ciririca é basicamente tranqüila, só em uma parte tem um paredão de rochas a vista que é bem inclinado e com o peso das mochilas desencadeia uma adrenalina legal (muito parecido com o paredão do Marumbi, sem as correntes e quando não tinha as escadinhas), mas com bastante cuidado e atenção é tranqüilamente superado. Quando chegamos ao cume, já tínhamos andado aproximadamente 10:00 horas e estávamos muito cansados mesmo, porém, ficamos muito felizes de avistar as placas que ficam mais à direita do cume a mais ou menos uns 50 m., pois já tinham se passado sete horas que tínhamos visto elas pela última vez.
O Zênite do Ciririca é pequeno, não mais que uns 20m2, mas o visual é sensacional; O Pico Paraná todo majestoso em nossa frente e o Caratuva atrás dele, ao lado esquerdo o Camapuã e o Tucum, a Sudoeste a Serra da Farinha Seca e o Pico Marumbi longínquo ao fundo.
As placas são um espetáculo à parte no Ciririca. Surreal aqueles monólitos de metal em cima de uma montanha, digno de uma capa de disco do Pink Floyd. Não tem como não ficar a olhar as placas e ao visual ao redor. Uma visão realmente de tirar o fôlego com direito a chão de nuvens e céu de brigadeiro, totalmente aberto tanto de dia quanto à noite, que inclusive as estrelas e os meteoritos davam um show.
Tiramos um descanso de umas 6 horas e acordamos às 1:00 horas da manhã para bebericar um Wiski e conversar sobre a trip. Cozinhamos legal e as 4:00 da manhã voltamos a dormir.
No outro dia acordamos as 08:15 (meio de ressacão), fomos para o cume curtir um pouco o visual e começamos a descer às 10:00 da manhã e chegando a chácara às 16:50. Andamos mais rápido na volta, pois ficamos receosos de pegar a parte final da trilha à noite, sendo que o início da trilha (parte final para quem está voltando) é a parte mais fácil de se confundir e acabar se perdendo.Também deu para tomar um bom banho de cachoeira e a caminhada não foi tão pesada quanto ao dia anterior, pois já havíamos consumido quase todos os alimentos e carregávamos pouca água.
Somando os dois dias acho que a trip foi meio pesada , andar 10:00 horas com uma mochila com quase 15 kg. foi meio puxadinho, porém, todas as metas foram cumpridas e ainda: à beleza do lugar, o banho de cachoeira que tomei na volta e o visual lá de cima, compensaram qualquer cansaço ou desânimo na caminhada.
Fomos Eu (Badu), Emerson (Bizoto) e o Fernando (Zecão), o Rodrigo (com um pouco de razão) não quis ir. Saímos por volta das 05:30 da manhã e nos dirigimos ao Contorno Leste (BR 116), quando passamos o Posto Túlio (Esso, sentido “Estrada da Graciosa") na primeira entrada (a direita) pegamos a estrada de terra que nos levou a chácara onde está o início da Trilha. Esta chácara é muito legal, pois lá tem vários bichos de várias espécies que andam e se alimentam todos juntos na maior paz.
Chegando lá comemos umas frutas e fizemos os preparativos para começar a caminhada. Mochila cargueira nas costas (o Zecão levava pelo menos uns 15 kg. e eu um pouco menos), começamos a caminhar por volta das 06:45. O caminho é alucinante de bonito, alguns minutos de caminhada e já deu para notar algumas árvores de grande porte, que nos fez filosofarmos por um tempo sobre sua idade. Os cipós se entrelaçam fazendo perfeitas cordas e os “laguinhos” e clareiras dão um ar de “estradinha encantada” a esta trilha.
Em 1:30 minutos (exatos) de caminhada passamos pela bifurcação; se pegássemos a esquerda e subíssemos, passaríamos no Camapuã, Tucum e desceríamos antes do Serro Verde para finalmente chegarmos ao Ciririca. Esta é a chamada trilha “por Cima”. Até começamos a subir, mas foi lembrar de que esta trilha não possui muitos rios, (fomos alertados por um Piá que andava na estrada e nos falou que passou sede no Camapuã) decidimos ir pela trilha “por baixo” como é chamada, pois as mochilas estavam muito pesadas e levar mais quatro L. de água cada um seria arriscado não chegarmos ainda de dia.
A trilha que nos leva ao Ciririca (por baixo) atravessa e contorna alguns morros (dois maiores e outros menores). Para se ter uma idéia, saímos na chácara a uns 1025 m. de altitude, subimos uns 1330 m. e depois descemos a quase chegar a mil e pouco novamente. Na conjunção destes morros é que encontramos vários rios que são belos e abundantes até o pé do Ciririca.
Passando a bifurcação descemos um declive até cruzarmos o mesmo rio algumas vezes, onde começamos a subir o primeiro morro em direção ao Ciririca. Em cima deste morro pudemos avistar as placas, que estavam de lado para nós e isto ao mesmo tempo em que nos motivou também nos deu a idéia da pedreira que iríamos enfrentar.
Depois de cruzarmos a primeira montanha demos de cara com um rio que tem umas cavernas à frente de duas cachoeirinhas, este local tem um visual animal. Andando a diante começamos a subir o segundo dos maiores morros e passamos por vários rios onde paramos em um para almoçar.
Após descermos este segundo morro (mais íngreme que o primeiro) saímos em uma grande (e belíssima) cachoeira, chamada “Cachoeira do Professor” que o Bizoto não se conteve em se banhar nela. Após o banho de cachoeira contornamos mais alguns morros até chegarmos ao rio “última chance”, que, como diz o nome, é a última chance de água. Nos abastecemos bem e começamos a subir em direção ao Ciririca. Nesta parte do trajeto a inclinação vai ficando maior e começam a surgir os campos de altitude com as espécies que são desta região, como os Caratuvas, Bromélias gigantes e umas flores amarelas bem legais.
A subida pro Ciririca é basicamente tranqüila, só em uma parte tem um paredão de rochas a vista que é bem inclinado e com o peso das mochilas desencadeia uma adrenalina legal (muito parecido com o paredão do Marumbi, sem as correntes e quando não tinha as escadinhas), mas com bastante cuidado e atenção é tranqüilamente superado. Quando chegamos ao cume, já tínhamos andado aproximadamente 10:00 horas e estávamos muito cansados mesmo, porém, ficamos muito felizes de avistar as placas que ficam mais à direita do cume a mais ou menos uns 50 m., pois já tinham se passado sete horas que tínhamos visto elas pela última vez.
O Zênite do Ciririca é pequeno, não mais que uns 20m2, mas o visual é sensacional; O Pico Paraná todo majestoso em nossa frente e o Caratuva atrás dele, ao lado esquerdo o Camapuã e o Tucum, a Sudoeste a Serra da Farinha Seca e o Pico Marumbi longínquo ao fundo.
As placas são um espetáculo à parte no Ciririca. Surreal aqueles monólitos de metal em cima de uma montanha, digno de uma capa de disco do Pink Floyd. Não tem como não ficar a olhar as placas e ao visual ao redor. Uma visão realmente de tirar o fôlego com direito a chão de nuvens e céu de brigadeiro, totalmente aberto tanto de dia quanto à noite, que inclusive as estrelas e os meteoritos davam um show.
Tiramos um descanso de umas 6 horas e acordamos às 1:00 horas da manhã para bebericar um Wiski e conversar sobre a trip. Cozinhamos legal e as 4:00 da manhã voltamos a dormir.
No outro dia acordamos as 08:15 (meio de ressacão), fomos para o cume curtir um pouco o visual e começamos a descer às 10:00 da manhã e chegando a chácara às 16:50. Andamos mais rápido na volta, pois ficamos receosos de pegar a parte final da trilha à noite, sendo que o início da trilha (parte final para quem está voltando) é a parte mais fácil de se confundir e acabar se perdendo.Também deu para tomar um bom banho de cachoeira e a caminhada não foi tão pesada quanto ao dia anterior, pois já havíamos consumido quase todos os alimentos e carregávamos pouca água.
Somando os dois dias acho que a trip foi meio pesada , andar 10:00 horas com uma mochila com quase 15 kg. foi meio puxadinho, porém, todas as metas foram cumpridas e ainda: à beleza do lugar, o banho de cachoeira que tomei na volta e o visual lá de cima, compensaram qualquer cansaço ou desânimo na caminhada.
* * * * *
Texto: Wanderley (Badu)
Fotos: Fernando (Zecão), (Algumas de Emerson "Bizoto" e Wanderley "Badu")
Um comentário:
Velho, ja tava na vontade dessa montanha, agora estou certo de que vou! Esse ano ainda, se Deus quiser. Parabéns pelo texto e obrigado por compartilhar!
Postar um comentário